segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESSA QUE EU HEI DE AMAR

Só pra não dizer que não postei nada hoje (caminhei tanto e tô tão exausta e com tanta dor nas pernas que tive que tomar um relaxante muscular, mas valeu muito a pena, foi um dia MA-RA-VI-LHO-SO, com meu amor!!!), vou postar minha poesia favorita, que tem o título aí de cima e é do Guilherme de Almeida.



"Essa que eu hei de amar perdidamente um dia
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a essa alma escura e fria.

E quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela…
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz… — Tudo isso eu me dizia,

quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste…

E falou-me de longe: "Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!"


Pra quem quiser saber mais sobre o Guilherme de Almeida, pode ler http://pt.wikipedia.org/wiki/Guilherme_de_Almeida

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